Varinas de Lisboa, Memórias da Cidade Homenageadas no Museu de Lisboa

varinas_museulisboa-003Reportagem de Teresa Leal

Varinas de Lisboa, Memórias da Cidade é o nome da mostra atualmente patente ao público no Pavilhão Preto do Palácio Pimenta, e que inaugura a nova fase de vida do “novo” Museu de Lisboa.

Ao longo das paredes e nos espaços do Pavilhão Preto estão expostas fotografias, postais, gravuras, esculturas em cerâmica, literatura e recortes de jornal que retratam a época e a forma de vida das varinas, bem como pequenos relatos na primeira pessoa, sua história e vivência e ainda, um documentário com excertos de testemunhos de cinco peixeiras, com idades próximas dos 80 anos, residentes nos bairros da Madragoa, Alfama e Mouraria.

Consideradas como um ícone da Capital, (até de igual importância para a cidade como as baíanas para Salvador), é a Ovar, e ao litoral do distrito de Aveiro, que vamos encontrar as raízes destas mulheres trabalhadoras, sofridas, mas ao mesmo tempo ladinas e bem dispostas. As varinas surgiram em meados do século XIX, tendo-se destacado pela liberdade de linguagem e por percorrerem toda a cidade, apregoando o peixe comprado na lota e que era vendido de porta a porta.

Pregões que costumavam ecoar pelas ruas de Lisboa e que se vão poder ouvir, enquanto se percorre a exposição, levando-nos numa viagem no tempo e pela memória.

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Pregões, histórias, memórias, algumas vivas, relembradas na inauguração da mostra, onde não faltaram varinas de outras eras, nomeadamente do Bairros da Madragoa, e ainda uma comitiva muito especial vinda de Ovar, terra de origem da maioria das varinas e peixeiras que passaram por Lisboa.

A exposição Varinas de Lisboa, Memórias da Cidade é comissariada pela historiadora Sofia Tempero e está patente ao público no Pavilhão Preto, do Palácio Pimenta – Museu de Lisboa no Campo Grande, até dia 24 de maio, e pode ser vista gratuitamente de terça-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.

 

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