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A despedida com emoção dos Vaya con Dios

Vaya con DiosReportagem de Tânia Fernandes e António Silva

Foi com “Nah Neh Nah” que os Vaya con Dios se despediram esta sexta-feira do público, que agradecido, acompanhou em pé, a cantar e a dançar, a música. Muitos telemóveis no ar registaram os últimos momentos da passagem da banda de Dani Klein por Lisboa que, depois de 30 anos de carreira, anunciou a Farewell Tour.

Compareceram a este encontro muitos dos que gravaram as melodias da banda Belga na memória. Casais, muitos já com os filhos pela mão, para lhes dar a conhecer êxitos que aqueceram algumas noites. Dani Klein agradeceu emocionada a entrega do público português, referindo que “a maioria esteve comigo desde o início”.

Um alinhamento dinâmico, ora intimista, olhos nos olhos, de entrega de sentimentos, ora ritmado a puxar sons latinos ou ritmos ciganos que ditaram o sucesso desta banda. Com lugares sentados, na arena do Campo Pequeno, o público foi acompanhando os grandes êxitos em coro bem treinado.

Os Vaya con Dios abriram a noite com “One Silver Dollar”. O timbre inconfundível Dani Klein passeou pelo reportório da banda, cantando em inglês, francês e espanhol. “Johnny” e “Heading for a Fall”, no início do concerto, foram reconhecidas logo aos primeiros acordes e recebidas com entusiasmo. Em cima dos sapatos pretos de verniz, em passos curtos e ritmados, braços ao longo do corpo, a cantora foi dançando pelo palco, alternando protagonismo com os músicos que a acompanharam.

Os Vaya con Dios trouxeram uma surpresa a este concerto: Marianne Aya Omac. A cantora e guitarrista francesa proporcionou um insólito momento no tema “Duele” em que, a dado momento, entrou em despique vocal numa imitação exímia de um trompete com o trompetista Tim de Jonghe.

O tema latino deixou a plateia em êxtase. Seguiram-se quatro músicas cantadas a quatro vozes: Dani Klein, Marianne Aya Omac e Maria Lekransky (coro) com a voz masculina de Nouri Sahli  (coro): “What’s a woman”,”Don’t Cry for Louie”, “Just a Friend” e “Puerto Rico” todas bem conhecidas do público. “Just a Friend” foi a oportunidade de acender os holofotes para o piano de William Lecomte e “Puerto Rico” teve como introdução um solo de contrabaixo pelas mãos de Sal la Rocca.

Arrumadas as cadeiras, o microfone volta para as mãos de Dani Klein que continuou a emocionar com temas como “Don’t Break my Heart” e “Lay your Hands”. Porque a noite foi de ritmos do mundo, tempo ainda para o solo de rap Nouri Sahli (coro) de em “Pauvre Diable” e a a proeminencia do violino de Red Gjeci  a trazer para o palco a vibração da música cigana em “Djelem Djelem”, tema que faz parte do reportório desta banda.

Antes da despedida, partilhou  recordações da primeira vinda a Portugal, há 40 anos atrás e de como as coisas mudaram desde então. A banda regressou para um encore de três temas. Já sem casaco, Dani Klein avançou para um sentido “I Don’t Wanna Know” em que as sílabas saíram carregadas de tensão. Seguiu-se “Still a Man”, cantada em dueto com Maria Lekransky a voz do coro que a acompanha desde o início da banda. E no final, um convite à festa com “Nah Neh Nah”.

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Sem lenços brancos, mas com uma energia contagiante, os Vaya com Dios despediram-se dos seguidores depois de duas horas de espetáculo.
“It was already half past three
But the night was young and so were we dancing
Ney, nah neh nah”

 

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