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O Coração De Hélder Moutinho Bateu Forte Ontem No CCB

Por Madalenta Travisco (Texto) e Joice Fernandes (Fotos)

Inserido no ciclo Há Fado no Cais do CCB em parceria com o Museu do Fado, o Grande Auditório do CCB teve, na noite de 8 de outubro, o concerto Hélder Moutinho, acompanhado de Ricardo Parreira na guitarra portuguesa, André Ramos na viola de fado e Ciro Bertini no baixo.

Entre aplausos no final, depois dos agradecimentos ao convite e à divulgação do espetáculo, Hélder Moutinho pediu uma salva de palmas especial a quem o fez acreditar que vale a pena: (o poeta) João Monge – autor de todos os temas de O Manual do Coração, o quinto álbum de Hélder Moutinho, muitos dos quais apresentados nesta noite.

Neste trabalho, os poemas originais de João Monge foram musicados por compositores tão diversos como Ricardo Parreira, João Gil, Vitorino, Manuel Paulo, Carlos Barreto, Zeca Medeiros, Marco Oliveira, Mário Laginha, Pedro da Silva Martins e Luís José Martins, todos referenciados nesta noite.

Dentro ou fora de O Manual do Coração, o coração esteve presente em quase todos os temas do alinhamento deste concerto, onde se destacam os seguintes excertos:
Tenho o coração deserto/onde não mora ninguém do “Menor” na abertura; “(…) Como se fosse a voz da coração/para não me afastar muito de mim (…)”, no “Às Vezes”; “(…) Já parti o coração/ já tive um choque frontal/talvez fosse um dia não/ já passou, não faz mal(…) do “Já passou”.

(…)talvez ela só queira ser amada/ser tratada/ ser beijada/ como nunca alguém beijou do “Manual do Coração”; (…) Não temos passaporte para a vida/por muito que a saudade às vezes doa/mas quando o nosso coração entoa o fado triste de uma despedida (…) do “Não Faças Caso”; ou O Meu Coração Tem Dias(…) em que me desaparece/ não há solidão maior(…)”.

“Atrás dos Cortinados”, “Fado Triste (Gil)”, “Cara Metade”, “Condão”, um momento instrumental, “Dança dos Peixes”, “Garota da Mouraria”, “O que Restou da Mouraria”, “O Que Sobrou Foi Amor”, “Vielas de Alfama” e “Bailado”, estes dois últimos como referências de Hélder Moutinho, completaram o alinhamento.

“Não é que eu não goste muito de falar, mas se falo muito, não posso cantar os fados todos(…)”. Falou o suficiente. Cantou com o coração e com o Manual.

O próximo concerto do ciclo Há Fado no Cais é de Pedro Moutinho (irmão de Hélder Moutinho e Camané), no Grande Auditório do CCB a 30 de novembro.

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