Home A Decorrer Espólio de Francisco Arruda Furtado em Exposição no Museu De História Natural

Espólio de Francisco Arruda Furtado em Exposição no Museu De História Natural

CartazO Museu Nacional de História Natural e da Ciência apresenta o trabalho científico do naturalista açoriano Francisco Arruda Furtado, conhecido por ter sido um dos poucos portugueses a corresponder-se com Charles Darwin.

Francisco Arruda Furtado (1854-1887), Discípulo de Darwin é o título da mostra, organizada em parceria com o Museu Carlos Machado, o Teatro Nacional de São Carlos, e comissariada por David Felismino, Ana Carneiro e Alda Namora.

Francisco Arruda Furtado correspondeu-se durante dois anos com Charles Darwin, com quem trocou ideias, informações, pedindo conselhos e livros., chegando a afirmar aquando da sua morte: ‘O humilde discípulo tem o dever de se curvar respeitoso sobre essa obra colossal’.

A exposição, que lhe é agora dedicada, acolhe mais de uma centena de peças, entre manuscritos, desenhos, livros, exemplares de história natural, instrumentos científicos e vestuário, que espelham uma ínfima parte dos mais de 3000 manuscritos e desenhos originais de Arruda Furtado, conservados nos arquivos do MUHNAC.

Todos estes documentos encontram-se disponíveis on-line, depois de um ano de catalogação, conservação e digitalização, graças ao apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.

É no desenho que se centra a exposição, destacando um ponto comum e permanente nas diversas fases do trabalho de Arruda Furtado: o recurso à ilustração.

O percurso expositivo encontra-se organizado em três núcleos temáticos: “Arruda e Darwin”, “Vida e obra” e a “Obra inédita”.

No primeiro, uma rara oportunidade de conhecer as cartas trocadas entre Arruda e Darwin, e de mergulhar no espírito das viagens científicas de finais do século XIX.

No segundo, é a concepção alargada e diversificada da natureza de Arruda Furtado que é dada a conhecer, através dos seus manuscritos e desenhos.

No último, é dado o foco à obra que ficou inacabada e inédita, em particular as obras de divulgação e ensino.

Com trabalhos publicados e um nome firmado, muda-se dos Açores para Lisboa, em 1885, para integrar os quadros da Secção Zoológica do Museu Nacional de Lisboa (atual MUHNAC). Durante dois anos, até regressar a Ponta Delgada, dedica-se ao estudo e à catalogação da coleção de conchas e moluscos do museu. Morre aos 33 anos, deixando uma vasta obra, e dezenas de trabalhos inacabados, na sua maioria, ainda hoje inéditos.

A exposição pode ser vista até 7 de junho, de terça a sexta-feira, das 10h00 às 17h00 e ao fim-de-semana das 11h00 às 18h00. Os bilhetes custam 5 euros.

Texto de Susana Sena Lopes

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