O Folio – Festival Literário de Óbidos está de regresso para mais uma edição entre 19 e 29 de outubro, este ano subordinada ao tema “Revoluções Revoltas e Rebeldias”, e que vai contar com a presença de vários autores, oriundos de 14 países dos 5 continentes.
O festival vai voltar a estar organizado em cinco capítulos: Autores, Folia, Educa, Ilustra e Folio Mais – a edição deste ano conta com a colaboração da rede de cidades criativas da UNESCO, de que Óbidos faz parte desde dezembro de 2015, mas apresenta algumas alterações estruturais e um cariz mais internacional, segundo explicou a organização aos jornalistas, aquando a apresentação desta 3ª edição. A coordenação continua a ser da responsabilidade de José Pinho.
Nas curadorias, o festival deixa de contar com José Eduardo Agualusa (Folio Autores) e com Anabela Mota Ribeiro (Folia), mas mantém a curadoria de Maria José Vitorino no Folio Educa, e de Mafalda Milhões no Folio Ilustra.
Para já estão previstas tertúlias, workshops, lançamentos de livros e conversas, e o 3º Seminário Internacional, que contará com a presença de especialistas da Austrália, Espanha, Itália, Estados Unidos e Portugal.
Entre as presenças confirmadas, a organização adiantou os nomes de Raduan Nassar (vencedor do Prémio Camões em 2016); do espanhol Fernando Aramburu; do francês Laurent Binet, considerado um dos grandes escritores franceses da atualidade; do espanhol Cesar Antonio Molina; do brasileiro Milton Hatoum – vencedor do Prémio Jabutti; da Colômbia Jerónimo Pizarro e Plínio Apuleyo Mendoza, jornalista escritor e amigo de Gabriel García Márquez; os canadianos Anaïs Barbeau-Lavalette, Joseph Boyden, Rosemary Sullivan e Patrice Lessard; a francesa Maylis de Kerangal; o húngaro Viktor Sebestyen; os espanhóis, Dolores Redondo, J.A. González Sainz e Mempo Giardinelli.
Entre os portugueses estão já confirmados Valter Hugo Mãe, Mário de Carvalho, Dulce Maria Cardoso, Carlos Querido, Mário Cláudio, Anabela Mota Ribeiro, Vitor Milhazes, Gonçalo M. Tavares, e Manuel Alegre – vencedor do Prémio Camões de 2017, anunciado recentemente.
Do programa já confirmado constam ainda a presença das cidades de Granada e Heidelberg que levarão ao festival “uma programação que mistura música e literatura” e Montreal (cidade do Design da UNESCO), que trará vários escritores.
Uma novidade é a parceria com o Festival Literário Internacional de Paraty no Brasil (FLIP), a ganhar novos contornos ao abrigo de um protocolo com a EDP daquele país.
Na programação musical está previsto o espetáculo A Vida Secreta das Máquinas de Rodrigo Leão; um concerto da fadista Aldina Duarte com Carlão; Maria João irá estrear um espetáculo que é uma homenagem à revolução da palavra com leitura musical da obra do escritor brasileiro; e estão também já confirmados concertos com Vitorino, Chullage, Norberto Lobo e Cante Alentejano, Stereossauro e o Grupo de Cantadeiras Luis Pastor.
Outro espetáculo já confirmado é o espetáculo de rua Sete Luas criado por Pedro Giestas, que assinala os 35 anos da publicação do Memorial do Convento, de José Saramago; uma peça de teatro experimental baseada no livro Os Três Gordos, de Iúri Olecha — A Pança, por ocasião dos 100 anos da Revolução Russa, e cinema com os filmes O Couraçado Potemkine e Outubro, de Serguei Eisenstein.
Entre as exposições está confirmada uma mostra individual do artista moçambicano Gonçalo Mabumba; mostra de cartazes do 25 de Abril – O Nascimento de Uma Democracia; exposição sobre Arte e Direitos Humanos (Liberdade) produzida pelo CCB;
Nos debates e conferências estão previstas sessões dedicadas a António Nobre, Camilo Pessanha Raul Brandão; a receção mundial de Cervantes; às autoras do século XIX Cláudia de Campos, Mercedes Blasco e Adelaide Cadete; e ainda uma conferência sobre Futurismo com Dionísio Vila Maior.
Uma novidade este ano é a presença de novos patrocinadores e parceiros, como a Fundação Millennium BCP; Fundação José Saramago; Fundação Francisco Manuel dos Santos; editoras – como a Tinta-da-China, que vai ter uma programação só sua chamada GRANTA FOLIO, Presença, Gradiva, 2020 Editora (Elsinore), Relógio d’Água, Penguin Random House, D. Quixote, Quetzal, Porto Editora; Assembleia da República; Centro Cultural de Belém; Casa Fernando Pessoa; EDP; Delta; Companhia Nacional de Bailado; TNDM II; Fundação Calouste Gulbenkian; Marriott Praia del Rey; TAP; CP; entre outras, para fazer face às despesas de produção, para colmatar a lacuna deixada pelo Turismo do Centro, que deixa de apoiar financeiramente o festival este ano.
