Home Música & Espectáculos Festivais de Música James Uma Verdadeira Banda Rockstar No Último Dia Do Marés Vivas 2016

James Uma Verdadeira Banda Rockstar No Último Dia Do Marés Vivas 2016

Reportagem de Cláudia Sabença (Texto) e Ines Veríssimo (Fotos)

Tom Odell, Rui Veloso e James encerram o festival com chave de ouro. Tim Booth levou o público ao delírio fazendo crowdsurfing mais que uma vez. A sua atuação foi a cereja no topo de bolo num festival que em nada desiludiu.

A praia do Cabelo foi ontem a anfitriã do último dia do Festival Meo Marés Vivas 2016. Num verdadeiro dia de verão, os festivaleiros voltaram para mais uma dose de música e muita animação.

Beth Orton foi a primeira artista do dia no Palco Meo. A cantora inglesa começou o seu concerto 15 minutos antes do previsto e cantou para as centenas de pessoas que esperavam para a ouvir. Com o seu estilo folk e electrónico e a sua voz doce, a cantora interpretou temas como “She Cries Your Name”, “Wave” e “Petals”.

Com o pôr-do-sol como pano de fundo, foi a vez de Tom Odell subir ao palco. Fortemente aplaudido, o cantor sentou-se ao piano e abriu com o tema “Still Getting Used to Being on My Own”. Centenas de pessoas foram-se aproximando atraídas pela música do artista. Nos primeiros minutos do concerto, Tom Odell trocou as palavras pela música e pouco interagiu com o público. Dominou o piano e juntamente com a sua banda fez o Palco Meo tremer. Os momentos altos do concerto, que deixaram o público extasiado, foram quando o cantor inglês cantou “Another love” e quando vestiu a bandeira de Portugal. Terminou a sua atuação com a explosiva “Magnetised” que teve direito a solos de guitarra e bateria.

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O terceiro nome deste terceiro dia foi Rui Veloso. Uma maré de gente encheu o recinto para ouvir o titã da música portuguesa. Num concerto calmo, ao estilo de Rui Veloso, em que o público foi membro integrante da banda, o cantor misturou músicas mais recentes com clássicos como “Primeiro Beijo”, “Porto Côvo”, “Lado Lunar”, “Nunca Me Esqueci de Ti” e “Chico Fininho” que não deixaram ninguém indiferente. Foi uma atuação nostálgica que culminou num momento emocionante onde o recinto do Meo Marés Vivas cantou “Anel de Rubi” numa só voz. O público agradeceu ao cantor com uma chuva de salvas de palmas.

Por fim, para encerrar da melhor forma o Palco Meo seguiu-se James. A praia do Cabedelo parou para este momento. A banda inglesa começou por homenagear Portugal tocando o hino nacional, um gesto que emocionou os fãs. No seu estilo excêntrico, Tim Booth cantou, dançou, desceu do palco para cantar ao lado dos fãs, fez crowdsurfing várias vezes e levou os fãs ao rubro. Uma verdadeira rockstar. A banda tocou “Moving On”, “Getting Away with It (All Messed Up)” , “Laid”, “Interrogation”, “Nothing But Love”, “Out to Get You” dos álbuns Girl at the End of the World, La Petite Mort, Pleased to Meet You e Laid. Tim Booth, sempre simpático e carismático recorreu um megafone para interpretar o tema “Sound”, deixando mensagens de paz e amor. Ao longo de todo o concerto a energia do público e da banda foi inesgotável. O momento mais arrepiante foi quando Tim Booth observou, emocionado, o público a cantar a alto e bom som o refrão do tema “Sometimes” vezes sem conta. Essa emoção alimentou o cantor que fez um encore brilhante.

No último dia do festival Meo Marés Vivas foi Tatanka, vocalista também dos The Black Mamba, a estrear o Palco Santa Casa. O músico, juntamente com os seus “muchachos”, cantou em português criando um ambiente chill out perfeito para uma tarde de verão. Tatanka interagiu bastante com o público que crescia a olhos vistos. Foi uma grande performance, naquele que não é o palco principal mas que acolhe grandes talentos.

Seguiu-se Diana Martinez & The Cribs. A cantora portuense mudou a energia do palco para uma vibração R&B. André Tentugal dos We Trust foi convidado a subir ao palco e juntos cantaram o tema “We are the ones”. Com uma óptima presença em palco, uma voz poderosa e o recurso a máscaras futurísticas, Diana Martinez & The Cribs fizeram as delícias dos presentes.

A última banda a atuar no Palco Santa Casa no Meo Marés Vivas 2016 foi Papillon. A banda do Porto proporcionou um espectáculo cheio de energia e vitalidade que pôs o público todo a dançar. A variedade instrumental e o carisma dos nove músicos em palco vieram comprovar a qualidade da música nacional.

No Palco Caixa o destaque foi Francisco Menezes. Para não fugir à regra, a tenda não foi suficiente para acolher as centenas de pessoas que queriam ver o humorista que presenteou todos com um verdadeiro “one man show”. Francisco Menezes fez standup comedy, dançou, cantou, fez beat box e criou a sua própria música em palco usando uma máquina de efeitos sonoros. Fez imitações de várias figuras públicas como Luciana Abreu, Pedro Abrunhosa e Toy e ainda de videoclips dos anos 80. Numa demonstração de dotes vocais brilhantes, o humorista interpretou temas como “Sweet dreams”, “Gangnam style” e “Bad Romance”. Terminou com um fado misturado com rap, da sua autoria, intitulado “Alfama Som Sistema”. O humorista foi ovacionado de pé. Nomes que também contribuíram para o sucesso deste palco foram Carlos Moura, Joca e Luís Gomes.

A noite terminou numa vertente electrónica e house a cargo dos DJ’s Smuggla e Terzi.

Segundo a organização, passaram este ano pelo recinto cerca de 90 mil pessoas durante os três dias do festival, que confirmou ainda a edição de 2017, para os dias 13, 14 e 15 de julho, em lugar ainda a definir, mas no Concelho de Vila Nova Gaia e o mais próximo possível do local atual, no Cabedelo, com o Douro como companhia.

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