O Festival da Praia do Cabedelo foi ontem palco de um verdadeiro desfile de talento. O dia foi marcado por atuações fortes começando pelo concerto de Jimmy P onde Diogo Piçarra fez uma participação surpresa, passando por Dengaz que convidou António Zambujo, James Bay que levou o recinto ao rubro, Kodaline que emocionou os presentes e Lost Frequencies que transformou o Meo Marés Vivas numa verdadeira discoteca ao ar livre.
Com as temperaturas bastante elevadas, começou o segundo dia de Meo Marés Vivas 2016. Jimmy P inaugurou o Palco Meo acompanhado pelo músico Jêpê. O cantor do norte tocou em casa para os milhares de pessoas que o aguardavam ansiosamente. A atuação primou pela intensa interacção com o público assim como a interpretação dos temas mais populares do cantor “On Fire”, “Não Tás a Ver” e “Valer a Pena”. No seu estilo hip-hop, Jimmy P puxou pelo público que provou saber as letras todas de cor. O momento alto do concerto foi a presença surpresa do cantor português Diogo Piçarra que deixou o público em êxtase. Juntos, os cantores interpretaram o tema “Entre as Estrelas”.
Ainda no registo hip-hop, seguiu-se Dengaz. O público manteve-se e cantou entusiasticamente ao ritmo de temas como “Encontrei”, “We made it”, “Superhomem” e clássicos como “Rainha”. O cantor de Cascais trouxe uma atuação cheia de dinâmica e sentimento. As letras das músicas carregadas de mensagens fortes fizeram o público vibrar. O concerto contou ainda com a participação de António Zambujo no tema “Nada errado”. Dengaz encerrou com chave de ouro interpretando o single do momento “Dizer que não”.
Já com as temperaturas mais baixas, foi a vez de James Bay pisar o palco. O artista inglês, responsável pelas músicas mais badaladas do momento “Hold Back The River” e “Let it go” encheu o recinto até ao limite. James Bay abriu com o tema “Collide” e prosseguiu numa explosão musical que não deixou ninguém indiferente interpretando “Fire”, “Sparks”,”If You Ever Wanna Be In Love”, “Scars” e “Move together”. O artista, que primou pela simpatia e pela sinergia que conseguiu criar com o público, dominou ainda a guitarra fazendo solos dignos de mestre. Fãs em lágrimas e muito emoção foram uma constante ao longo das quase duas horas de concerto. Os momentos mais emocionantes do concerto foram aquando do tema “Let it go” onde todas as vozes se uniram numa só, e quando James Bay vestiu uma camisola do Futebol Clube do Porto com o seu nome inscrito nas costas. O concerto encerrou com o hit “Hold Back The River”.
Concerto que não ficou nada atrás de James Bay foi Kodaline. A banda indie irlandesa tocou os seus grandes hits “All I want”,“High hopes” e “The one”. O público esteve sempre muito envolvido com a banda que demonstrou muito carinho por Portugal. “Love like this” foi a música que comoveu a multidão. Steve Garrigan pediu para que todos levantassem os telemóveis e, a tocar harmónica, criou um momento verdadeiramente mágico. Os Kodaline conseguiram manter a energia deixada por James Bay na Praia do Cabedelo.
O Palco Meo encerrou no segundo dia ao som de Lost Frequencies. O DJ belga animou a noite ao som de música electrónica à qual o público acompanhou sempre com palmas, muita energia e animação. O repertório do artista foi bastante ecléctico passando por remixes de clássicos como “What is love” passando por Manu Chao e Twenty One Pilots. O DJ transformou o recinto numa enorme discoteca ao ar livre cheia de cor, fumo e confettis, onde a palavra de ordem foi “dançar”.
No Palco Santa Casa, foram os Plus Ultra a abrir o segundo dia de festival. A banda rock, constituída por três músicos do Porto, animou as primeiras dezenas de pessoas no recinto. Com ritmos fortes e pulsantes, definiram o tom para o resto da tarde. Seguiram-se os Jiboia, projeto musical de Óscar Silva, pautado por um estilo alternativo. Os dois músicos dominaram a bateria e o piano e, juntamente com vozes distorcidas, envolveram o público presente num ambiente místico. Os últimos a atuar foram os Derange, banda de rock, natural do Reino Unido. Com músicas fortes, muita energia, inúmeros solos de guitarra e a voz poderosa de Cat Pereira, o Palco Santa Casa deu-se por encerrado.
Palco que mais uma vez não passou despercebido foi o Palco Caixa, casa dos humoristas. À semelhança do dia anterior, o espaço não foi suficiente para acolher todos aqueles que queriam assistir à atuação de António Raminhos. Com o seu estilo um pouco brincalhão e obsceno, o humorista brincou com os festivais de verão satirizando o comportamento das pessoas, as drogas e aos wc’s. Tema que também não passou sem referência foram as suas filhas, “As Marias”. António Raminhos arrancou imensas gargalhadas a todos os presentes. Jean Carreira, Carlos Lima e Pedro Ferreira também animaram no Palco Caixa.
Para os mais resistentes, o resto da noite ficou a cargo do DJ Wilson Honrado e o DJ Nuno Luz feat 4K na Moche Room.
