A dramática história da família do próprio Marcelo Rubens Paiva deu origem ao filme, realizado por Walter Salles e que conta com a interpretação vencedora de um Globo de Ouro da actriz Fernanda Torres, no papel de Eunice Paiva, e está agora nomeado para três Óscares da Academia de Hollywood.
Neste livro, Marcelo Rubens Paiva faz um retrato emocionante de Eunice, sua mãe, e pela primeira vez traça uma história dramática do que ocorreu – e do que pode ter ocorrido – com Rubens Paiva. «Meu pai, um dos homens mais simpáticos e risonhos que Callado conheceu, morria por decreto, graças à Lei dos Desaparecidos, vinte e cinco anos depois de ter morrido por tortura», narra ele.
Eunice Paiva é uma mulher de muitas vidas. Casada com o deputado Rubens Paiva, esteve ao seu lado quando foi cassado e exilado, em 1964.
Mãe de cinco filhos, passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso por agentes da ditadura, a seguir torturado e morto.
No meio daquela dor, ela reinventou-se. Voltou a estudar, tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas. Nunca chorou na frente das câmaras.
Ao falar de Eunice, e da sua última luta, desta vez contra o Alzheimer, Marcelo Rubens Paiva fala também da memória, da infância e do filho.
E mergulha num momento obscuro da história recente do Brasil para contar – e tentar entender – o que de facto ocorreu com Rubens Paiva, seu pai, naquele mês de janeiro de 1971.
O livro está disponível nas livrarias pelo preço de 18,80 euros, com o selo das Publicações Dom Quixote.
