Com início marcado para amanhã, O Cinema Bioscoop traz a Lisboa cinematografia em língua neerlandesa, dos países onde este idioma é falado. Este ano, o programa é composto por 24 obras, entre curtas e longas-metragens, de ficção ou documentais, provenientes dos Países Baixos e da Bélgica.
Trata-se do mais ambicioso programa desde o começo da realização de Cinema Bioscoop, com várias primeiras obras, explorando temáticas muito actuais.De entre a programação, algumas obras a destacar, como Matterhorn, o filme de abertura do Festival e primeira longa-metragem do realizador neerlandês Diederik Ebbinge, prémio do público no Festival Internacional de Cinema de Roterdão e no Festival Internacional de Cinema de Moscovo, em 2013, ou Violet, de Bas Devos, jovem argumentista e realizador flamengo, que com esta primeira longa metragem venceu o prémio Generation Plus no Festival de Cinema de Berlim em 2014.
Destaque ainda para duas curtas metragens, Tudo É Permitido (Alles Mag) e Marc Jacobs (Marc Jacobs), integradas no bloco de quatro curtas-metragens com que inicia a programação do Festival no Cinema São Jorge. Alle Mag, somou prémio atrás de prémio em 2014 e Marc Jacobs, do neerlandês Sam de Jong, protagonizado por jovens neerlandeses de origem marroquina, num tradicional bairro de Amesterdão, tem igualmente sido presença forte no circuito internacional.
Para além dos filmes, Cinema Bioscoop traz ainda palestras sobre língua e literatura, por David Bracke e Nout Van Den Neste, respectivamente, a já mencionada mesa-redonda, intervenções pelos artistas plásticos Cristina Guerreiro e Burry Buermans, no espaço do Cinema São Jorge e uma exposição de fotografia de José Manuel Rodrigues (Prémio Pessoa 1999), na Cinemateca Portuguesa.
Em associação com a MUBi (Associação para a Mobilidade Urbana em Bicicleta) e outros parceiros, Cinema Bioscoop oferece também atividades ligadas à utilização da bicicleta e apela aos espectadores para que façam uso deste meio de transporte para virem ao cinema, nestes três dias de mostra da cultura dos países de língua neerlandesa.
Texto de Mariana Ferreira Machado
