
Nascida no semanário argentino Primera Plana, Mafalda tinha direito a duas por edição, sendo precisas poucas semanas para que ganhasse um público fiel. Até 19 de janeiro de 1965, só a desbocada menina e os pais apareciam, mas a estes junta-se então Filipe. Em março do mesmo ano, as tiras de Quino saltam para o El Mundo, de Buenos Aires, passando a surgir diariamente. É também neste jornal que se estreiam Manelito e Susanita. Em junho de 1968, e depois do encerramento do El Mundo seis meses antes, Mafalda muda-se para o Siete Días Ilustrados, onde fica até junho de 1973, altura em que Quino decide colocar um ponto final nas tiras.
A partir desta data, poucas foram as vezes que Mafalda voltou a ser desenhada, sendo-o apenas para promover campanhas pelos direitos humanos, como sucedeu em 1976 quando ilustrou a Declaração Universal dos Direitos da Criança.
Portugal rendeu-se aos encantos desta miúda reguila e em maio de 1970 as Publicações Don Quixote editam, ainda em pequeno formato, o seu primeiro álbum. Atualmente, Mafalda é editada em meia centena de países, num total de 20 línguas.
Texto de Alexandra Gil