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Matuê Levou A MEO Arena Ao Rubro Com A Sua 333 Tour

Por Francisco A. Fernandes (Texto e Fotos)

Matuê, um dos maiores nomes do trap brasileiro e impulsionador do género na América Latina, trouxe pela primeira vez a sua 333 Tour a Portugal, numa noite memorável na MEO Arena, em Lisboa. O espetáculo uniu fãs portugueses e brasileiros numa energia contagiante, transformando o maior palco do país num verdadeiro templo do trap

O concerto começou com a atuação de Brandão — conhecido como Brandão85 —, um trapper brasileiro em ascensão que aqueceu a plateia e preparou o terreno para a entrada triunfal de Matuê. A parceria entre os dois artistas é já familiar para os fãs, que conhecem colaborações em temas como “Espaçonave” e “Isso é Sério”, presentes no álbum 333, lançado em setembro de 2024. Brandão esteve à altura do desafio, criando uma atmosfera eletrizante que antecipou a noite intensa que se avizinhava.

O espetáculo iniciou com um vídeo retrospetivo sobre a carreira de Matuê, projetado num enorme ecrã atrás do palco principal. À medida que as imagens passavam, o público — composto sobretudo por jovens entusiastas — observava atento e expectante. Quando o vídeo terminou, uma porta abriu-se e o artista entrou em palco, acolhido com entusiasmo recebendo que se fez sentir desde os primeiros beats

O som pesado e pulsante do trap fazia o chão vibrar, enquanto as luzes pintavam o recinto de cores vibrantes, reforçando a emoção no ar. O público cantava cada verso com uma paixão contagiante, como se as letras lhe corressem nas veias. Entre milhares de braços erguidos, destacava-se um fã com a tatuagem “333” no braço, símbolo do álbum que inspira toda a tour. Os gritos de “Matuê!” ecoavam pelo recinto, acompanhados pelo gesto simbólico das mãos que representa o título do álbum — um momento de comunhão entre artista e fãs.

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Na primeira mudança cénica, Matuê surpreendeu ao surgir no centro do recinto, numa plataforma que o aproximou ainda mais do público. Este momento foi realçado por espetaculares efeitos especiais, incluindo fogo e jogos de luzes, que deixaram a multidão em êxtase. 

Cartazes pediam para subir ao palco, com frases como “TUÊ POSSO PFV SUBIR AO PALCO E CANTAR MÁQUINA DO TEMPO??”, enquanto telemóveis registavam cada movimento. O artista respondeu com os temas “Máquina do Tempo”, “Conexões de Máfia” e “V de Vilão”, combinando o ritmo e a atuação.

No regresso ao palco principal, o terceiro bloco do concerto assumiu um tom mais cinematográfico. Um pano desceu lentamente, revelando Matuê acompanhado por uma banda ao vivo, que acrescentou uma nova dimensão sonora ao espetáculo. 

Temas como “04AM”, com uma introdução alucinante, seguida por “O Som” e “Maria”, marcaram uma fase mais introspetiva, mas sem perder a intensidade característica do rapper. A sequência final, com “333”, “777/666” e a faixa bónus “Like This!”, encerrou a noite num ponto alto de emoção e espetáculo.

Visivelmente emocionado e radiante, Matuê pôs a bandeira portuguesa nas costas — um gesto simbólico que refletia o carinho e a admiração que recebeu do público. “Na minha primeira vez em Portugal, recebi 1000 pessoas. Hoje, estou aqui perante 12 000. Muito obrigado a todos.” A sua presença em palco é uma verdadeira explosão de energia, irreverência e uma ligação intensa com os fãs — ingredientes que tornam cada concerto uma experiência ao vivo verdadeiramente inesquecível.

Lisboa assistiu assim a um espetáculo visual e sonoro impressionante, sentindo a perfeita sintonia entre artista e público. Esta noite marcou não só um momento especial para o trap brasileiro em Portugal, mas também o início de uma relação que promete crescer cada vez mais.

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