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Nanowar Of Steel – Metal A Sério No RCA

Reportagem de Tiago Silva

Nanowar of Steel

Em muitas ocasiões o Metal leva-se a si mesmo demasiado a sério, os trve gatekeepers exageram em críticas a coisas que não percebem e que condenam por esse motivo. Outro mito é que os metaleiros são gajos sisudos e sem sorrisos, claro que é difícil sorrir com Aborted ou Benediction (se virem alguém a sorrir é melhor fugir), nada mais longe da verdade.

É saudável que a mentalidade tenha mudado, já há alguns anos, e bandas como os Trollfest, Alestorm, Gamma Bomb, trouxeram humor e cada concerto é uma festa monumental. Até os que vivem no coração do inverno conseguem trazer humor ao metal.

Uma banda destaca-se neste universo cómico: Nanowar of Steel. A referência aos mais trve metal de todos, os Manowar (que são tão trve que passam por ridículos muitas vezes), sendo que se nota o apreço pela banda e o “Of Steel” como uma referência aos compatriotas Rhapsody of Fire.

Além de muito boa disposição, conseguem criar boas canções, que não ficam nada atrás das bandas que homenageiam.

Na primeira parte atuaram os Tragedy, projeto que faz covers de metal de bandas como Bee Gees e Abba.

Tragedy

Figurinos radicais, um baixista tatuado com “Porto” e uma performance teatral de destaque. Foi sempre a dançar do início ao fim, pena não virem cá mais vezes. Acho que precisamos de uns Tragedy portugueses.

Tocaram Bee Gees (“tragedy”,”how deep is your love”).

Tragedy
Tragedy

Avisaram as senhoras para deixar os chapéus de chuva em casa porque iam chover homens, “It’s raining men”, com o riff da “Raining Blood”, pediram braços no ar dos homens, das mulheres, dos não binários.

“You’re the one that I want” tipo Black Sabbath, tivemos tempo para apresentação da banda e como conheceram os Nanowar numa app chamada Prider, que adoram Lisboa, a cidade sobe cada vez mais na coxa dos Tragedy e sabe-lhes bem, e por isso querem saber “How deep is your Love”.

De seguida sai um solo de bateria, em que o baterista bebe uma lata de cerveja de shot, mantendo o ritmo. No fim, todas as mulheres para o palco porque a música era dedicada aos Homens, “YMCA” com toda a gente a fazer coreografia. Muita festa, glitter e bons executantes num excelente concerto.

Nanowar of Steel

Os Nanowar apareceram cada um com o seu figurino, Mohammed Abdul era um Aladino na guitarra, Gatto Panceri 666 uma espécie de Super Mário com peruca laranja, Potowotominimak como um hobbes de guitarra falsa, Baffo como uma bailarina horrorosa de tutu e peruca roxa e atrás da bateria Uinona Raider mantinha o ritmo como uma vespa.

“Sober”, “Call of Cthulu”, com máscara do monstro, “Winterstorm in the night”. Uma coruja gigante abrilhantou “Il Cacciatore della notte”.

Como banda diferente que são, não quiseram Wall of death, fizeram uma Wall of love. Com a marcação todos deviam correr e dar abraços, gerou-se a roda de mosh mais carinhosa que já se viu. Foram debitando piadas em todas as músicas, e em cada uma o público dançava, batia palmas e sentia-se um ambiente de festa, foi com festa que se entrou em “Disco Metal”.

 

 

Um ponto alto foi “Norwegian Reggaeton”, em que puseram os metaleiros presentes a gritar por “Reggaeton”, fomos enganados. “Uranus” e “Hail to Liechtenstein” fecharam a primeira parte, grandes ovações.

Como encore “Pasadena 1994”, homenagem a Sabaton e para terminar uma experiência religiosa, com muitas palmas, “Valhalleluja” com montagem de mobília em paralelo com a música, o verdadeiro multitasking. A mesa depois passeou pelo público como o ídolo desta celebração religiosa dedicada a Odin.

Como seria de esperar foi uma grande festa de uma banda que já deixou de ser uma paródia para se tornar uma banda de referência no Power Metal.

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